Uma bicicleta retira até 52 passageiros por mês do transporte público, aponta pesquisa
- luandaeditores
- 24 de jun.
- 2 min de leitura
Pesquisadores de Curitiba (PR) ainda constataram que o número de bicicletas aumenta quando a tarifa de ônibus é reajustada e também quando o preço dos combustíveis sobe

Divulgação/PUCPR
O setor de transporte é responsável por 16% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil e registrou um aumento de 53% nas emissões entre 2005 e 2022, segundo o relatório Net Zero Readiness Report 2023, da KPMG. Reduzir essas emissões, especialmente no transporte, é um dos principais desafios dos governos diante das mudanças climáticas.
Nesse contexto, as bicicletas surgem como alternativa sustentável. Um estudo da PUCPR, com foco em Curitiba (PR), mostrou que cada nova bicicleta pode substituir até 52 passagens de ônibus por mês. O número de bicicletas também aumenta com reajustes nas tarifas de ônibus e no preço dos combustíveis, e cresce a cada novo quilômetro de ciclovia implantado.
Além disso, o passageiro que adota a bicicleta tende a não voltar ao transporte público, salvo em condições climáticas extremas. O estudo também analisou o impacto de carros e motos: cada novo carro reduz em média 25 passagens mensais, enquanto cada nova moto representa uma perda de 201 passagens.
Os dados reforçam que o crescimento do uso de bicicletas pode afetar a sustentabilidade financeira do transporte público, exigindo planejamento urbano que equilibre os modais para não prejudicar quem depende exclusivamente dos ônibus.
Publicação internacional – A pesquisa “Patronage loss and bicycles: factors influencing mode transition from a strategic digital city perspective” (“Diminuição de demanda e bicicletas: fatores que influenciam a transição modal na perspectiva da cidade digital estratégica”, em tradução livre) foi publicada na revista científica Journal of Infrastructure, Policy and Development e está disponível no link: https://systems.enpress-publisher.com/index.php/jipd/article/view/5452.
Fumagalli assina o artigo ao lado dos pesquisadores Denis Alcides Rezende, professor do PPGTU da PUCPR, e Thiago André Guimarães, docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR).
תגובות