Produção de motocicletas em Manaus atinge 1.748.317 unidades em 2024

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Joelma Farias

A indústria brasileira de motocicletas alcançou a produção de 1.748.317 unidades em 2024, marcando o melhor desempenho desde 2011, com um crescimento de 11,1% em relação ao ano anterior. As vendas também aumentaram, totalizando 1.876.427 unidades, um crescimento de 18,6%. No entanto, as exportações caíram 5,9%, somando 30.986 motocicletas.

O segmento de motocicletas de baixa cilindrada (até 160 cm³) representou mais de 1,3 milhão de unidades produzidas, com alta de 7,8%. As de média cilindrada (161 a 449 cm³) apresentaram o maior crescimento, com aumento de 25,9%, enquanto as de alta cilindrada (acima de 450 cm³) cresceram 17,7%.

Em 2024, as empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) atingiu capacidade produtiva de 1,8 milhão de unidades anuais, com a abertura de uma nova linha de produção pela Royal Enfield.

Para 2025, a Abraciclo projeta um crescimento de 7,5% na produção, atingindo 1,88 milhão de unidades, e 2,02 milhões de unidades comercializadas, um aumento de 7,7%. As exportações também devem crescer, com a previsão de embarque de 35 mil unidades, um aumento de 13%.

Apesar do potencial de exportação, as motocicletas brasileiras enfrentam dificuldades devido à competitividade de produtos asiáticos, que possuem padrões de emissão de poluentes e ruído inferiores. Marcos Bento, presidente da Abraciclo, afirma que a legislação e a qualidade das motocicletas brasileiras limitam as exportações para mercados vizinhos, como a América do Sul.

Quanto às motocicletas elétricas, a falta de infraestrutura de carregamento e a excelente matriz energética brasileira, que inclui o etanol, são apontadas como razões para o baixo interesse do consumidor. Atualmente, 65,3% das motos produzidas são flex, enquanto 34,7% são movidas exclusivamente a gasolina.